Não um sonho. Agora uma meta a ser alcançada e um projeto posto em prática
Por muitos anos, pensei em escrever um livro. Uma história infanto juvenil de aventuras fantásticas.
Já tinha me ocorrido há muito tempo que envolveria um menino e um misterioso farol, com ligação a mistérios e reinos distantes. Sempre tive muitas idéias. Mas, nunca as materializei na forma de texto.
Inconscientemente, a denominação do conjunto de meus projetos mais recentes (quase uma década, já?) veio a ser Distant Kingdoms. Então, acho que acabei chegando aos Reinos Distantes, antes de contar a história daquele farol.
Um ponto de virada
Recentemente uma “tragédia pessoal”, esfacelou minha vida e roubou o mundo debaixo de meus pés. E nos momentos de desespero, eu implorei por um farol, que me levasse de volta a segurança de meu lar.
Num lugar e em condições, as quais seria elogioso dizer que era um inferno na terra, depois de muito tempo tive a possibilidade e capacidade de escrever alguns textos.
Inicialmente, eu escrevi como uma forma de manter a sanidade. Mas, agora que o pesadelo parece finalmente ter acabado. Aqueles textos se tornam a base para que finalmente eu possa compartilhar com o mundo, as aventuras daquele menino e as histórias deste farol.
Por anos o título do livro já estava na minha cabeça, como “O Menino e o Farol”. Mas, na última noite, ao acordar inúmeras vezes assustado temendo ter voltado ao “inferno”. Me veio o título na forma atual.
Com o tempo este título mostrará seu significado. E espero que este farol, venha a alcançar vocês.
A forma em que os textos serão publicadas, será amenizada de sua versão original. Eles foram escritos em um momento de desespero. E não é minha intenção trazer tormento e tristeza a vida de ninguém.
Mas, tampouco eles deixaram de ter peso. Embora esta seja uma história de fantasia, minha vida estará em suas linhas. Muitos acontecimentos reais se desfraldaram frente a seus olhos. Mas, talvez você não seja capaz de discernir o que pode ter sido real do que será fantasioso, criado e acrescentado, para trazer entretenimento.
-A vida tende a ser muito surreal!
Um chão não familiar e O refúgio de solidão
Como já alonguei demais. Eis aqui, a primeira parte. “Um chão não familiar e O refúgio de solidão” é o prólogo do livro “O Menino e O Farol no Fim do Mundo“. Não é o fim, nem o início de nossa história. Mas, talvez dois importantes momentos da jornada.
E periodicamente serão publicados novos capítulos, onde acompanharemos as aventuras de nosso protagonista, por terras e reinos além das bordas do mundo e da imaginação. Viveremos uma busca pela liberdade (que pode significar mais, do que você imagina). E talvez descubramos as origens e mistérios, deste farol.
Espero que goste…
O Menino e O Farol no Fim do Mundo
Uma eterna busca por liberdade
por Wililiam F. L. (KzArashi)
Prólogo:
Um chão não familiar
& O refúgio de solidão
Na vida, aprendemos a nos familiarizar com o que se torna corriqueiro e cotidiano.
Em nossas vidas sedentárias e rotineiras, moldadas pelas convenções de uma sociedade moderna, somos condicionados a aceitar a repetição e a continuidade.
Mas, …
Neste período de desespero e privação. Se encontra sobe meus pés, um “chão não familiar”.
Minutos, horas e dias se passam… Mas, com este chão não consigo me familiarizar.
O frio, a umidade, a aspereza e a irregularidade deste chão, agridem meus pés e ferem minha alma.
Este chão de pedra envelhecido e partido. Mas, que mesmo em sua decadência, não cede aos anseios e investidas da mãe terra.
Não há musgo, ou esperança de grama. Há apenas a fria e escura certeza de tudo encarcerar!
Fecho os olhos e tento me livrar, do mortificador abraço deste chão. Tento buscar ao longe, algo que possa ser familiar e acalmar o coração…
Uma lembrança… Há quanto tempo foi?
Vejo paredes, tão escuras e úmidas quanto este chão. Mas, elas carregavam a dignidade de velhas guerreiras, há muito esquecidas, após cumprida sua função.
À aquelas paredes também acompanhava um chão. Mas aquele, se trajava de muco e líquen. Coroado de folhas e gravetos, que a passagem das estações lhe presenteou.
Aquele chão, outrora fora tal um comandante. Acompanhado por suas fiéis paredes, numa contínua luta para conter a fúria das águas. Concedendo a aqueles sobe eles, conforto e provisão.
Uma velha caixa d’água, abandonada?
O tempo veio a revelar que era muito mais. Há você sequer pode imaginar…
Mas, sim. Foi assim, aparentando ser o que os olhos de um mundo sem fé, esperança ou imaginação eram capazes de ver.
E nestas lembranças, de forma alguma abandonada. Pois, depois de incontáveis anos sem propósito, aquelas paredes e chão receberam de bom grado um novo companheiro.
E ao lado dele juraram, altivamente, cumprir sua nova função.
Os olhos antes fechados, se abrem e já não são mais meus. Pois, os olhos que encontraram aquela aparente caixa d’água abandonada, pertenceram há muito a um menino.
Um menino assustado, buscando coragem contra os males do mundo…
Em seu recém descoberto, refúgio de solidão…
RECOMENDAÇÕES:
Enquanto aguarda o próximo capítulo, talvez você curta ler…
Em O NINGUÉM, o consagrado autor Jeff Lemire retoma o eterno personagem criado por H.G. Wells em O Homem Invisível, o leva a uma cidade do interior dos dias atuais e o usa como chave para explorar temas como identidade, medo e paranoia, mostrando como isso tudo pode transformar uma comunidade inteira e destruir até mesmo a mais pura amizade.
Turma da Mônica – Laços: A obra que deu origem ao filme. O Floquinho desapareceu. Para encontrar seu cachorro de estimação, Cebolinha conta com os amigos Cascão, Mônica e Magali e, claro, um plano ´infalível´. Em ´Laços´, os irmãos Vitor e Lu Cafaggi levam os clássicos personagens de Mauricio de Sousa a uma aventura repleta de emoção, lembrança e perigos.